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O Caso "Dora"

Atualizado: 17 de mai. de 2023




O caso "Dora" é um dos casos clínicos mais conhecidos de Sigmund Freud e foi publicado em seu livro "Fragmento da Análise de um Caso de Histeria", em 1905. Dora era o apelido de uma jovem paciente que procurou Freud em busca de ajuda para resolver seus sintomas físicos inexplicáveis, como tosse, falta de ar e dores no peito.


Durante as sessões de análise, Dora relatou vários sonhos que Freud analisou cuidadosamente. Um dos sonhos envolvia uma casa em chamas, que Freud interpretou como um desejo reprimido de que a casa de sua família fosse destruída para acabar com a tensão entre seus pais.


Outro sonho que Dora relatou foi sobre uma viagem de trem na qual ela ficou com medo de que o trem fosse descarrilar. Freud interpretou esse sonho como um medo reprimido de que ela fosse abandonada por sua família, que estava passando por conflitos internos.


A análise dos sonhos ajudou a revelar o conflito psicológico subjacente aos sintomas físicos de Dora. Freud concluiu que ela estava sofrendo de histeria de conversão, uma condição na qual conflitos emocionais inconscientes são convertidos em sintomas físicos. No caso de Dora, os sintomas eram uma forma de lidar com sua raiva em relação à infidelidade do pai e à submissão da mãe.


Embora Freud tenha conseguido ajudar Dora a acessar e compreender seus conflitos psicológicos, o tratamento não foi completamente bem-sucedido. Dora interrompeu a terapia antes que Freud pudesse ajudá-la a superar completamente seus sintomas.


O caso de Dora é significativo na história da psicanálise porque ajudou a consolidar a teoria da histeria e da conversão, bem como a importância da análise dos sonhos na psicanálise. O caso também ilustra como os conflitos emocionais inconscientes podem se manifestar como sintomas físicos, e como a terapia psicanalítica pode ajudar a revelar esses conflitos e ajudar os pacientes a lidar com eles.

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